Percorrer a lendária Royal Mile na “cidade velha” com suas inúmeras atrações é programa obrigatório em Edimburgo. Esta enorme avenida com um pouco mais de uma milha de extensão, daí o nome, liga o Castelo de Edimburgo ao Palácio de Holyroodhouse. É constituída pela junção de quatro ruas: Castlehill, Lawnmarket, High Street, e Canongate.
Ao longo do caminho vamos notando curiosas entradas com nomes pitorescos, que conduzem a vielas que aparentam cheirar mal e que acionam nosso “alerta laranja”. Não se deixe levar pela primeira impressão. Os closes têm uma rica história para contar e, dizem na cidade, é o que dá alma à Royal Mile..
Close é uma forma bem escocesa de chamar um beco estreito, parcialmente coberto ou não, que conduz a um pátio interno com residências. Os que começam em Royal Mile, na parte histórica de Edimburgo, têm normalmente o nome associado ao antigo proprietário, ou ao ofício que os que ali habitavam exerciam.
Nestas passagens estreitas vivia a maioria das pessoas da cidade medieval – todas as classes e profissões amontoadas em altos prédios, alguns em melhores condições, outros em cortiços com cômodos absurdamente apertados, muitos sem ventilação.
Desnecessário dizer que em tais condições a “Peste Negra” sem grande esforço fez um excelente trabalho lá pelos idos de 1644, deixando um farto legado de histórias de mistério, com direto a fantasmas, bem ao gosto da tradição escocesa.
Para quem quer entrar na pilha, o que não falta na cidade são opções, deste visitar o misterioso “Mary’s King Close” até os diversos “tours fantasmas”, alguns à noite para aumentar o climão de medo.
Os que não curtem esse lado sobrenatural de Edimburgo, podem descobrir durante o dia o encanto impar dos closes nada assombrados ao longo da Royal Mile. Não deixe de dar uma entradinha no Advocate’s Close. Você terá um excelente ângulo para fotografar o Scott Monument. Neste link, um bom mapa, bem como informações sobre os closets ao longo da Royal Mile.